domingo, agosto 16, 2020

Crítica: "Châtelet Station, Destination Cassiopeia" e "Brooklyn Line, Terminus Cosmos" (Valerian & Laureline vol 9 e 10)

Continuando com as aventuras de Valerian e Laureline, chegamos aos volumes 9 e 10 que tem uma narrativa um pouco diferente dos volumes que os antecedem.



Lembrando, Valerian e Laureline são agentes "espaço-temporais". Após os primeiros volumes, a enfase vinha sido dada ao aspecto espacial; aqui retornamos às aventuras no tempo. Mais especificamente, ao planeta Terra no século 20, onde coisas estranhas estão acontecendo.

Nestes volumes Valerian e Laureline estão separados no espaço e no tempo. Ele na Terra nos anos 80 e ela no futuro distante em planetas estranhos. Uma decisão questionável do autor foi a forma como esta trama dividida é contada. Acompanhamos de perto Valerian e somos informados do que se passou com Laureline através das conversas entre eles. O problema é que as aventuras de Laureline são bem mais interessantes que as perambulações meio sem sentido de Valerian, que está sempre numa espécie de ressaca causada pelo esforço do contato mental com Laureline.

No primeiro volume tudo é misterioso, o que é aceitável frente a perspectiva de um desfecho incrível no segundo volume. Só que o desfecho é chocho.

A arte é certamente superior ao roteiro. Seja retratando locais reais (como Paris) ou criando imagens do espaço profundo e planetas exóticos, Méziéres consegue cativar e maravilhar o leitor.

Veredito: Imagens bonitas para um roteiro fraco.



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