domingo, abril 02, 2023

Resenha: Splinter of the Mind's Eye

 Mais um livro "clássico" de Star Wars, com uma origem curiosa e um roteiro não tanto.


Antes de ser o "Episódio IV - Uma Nova Esperança", o primeiro filme era simplesmente "Star Wars". Embora George Lucas tivesse muitas ideias para o antes e o depois, um segundo filme era bastante incerto. Após a escrita da "novelização" do filme, Lucas solicitou a Alan Dean Foster um segundo livro que poderia ser usado como base para uma continuação de baixo custo. Além da orientação de simplificar os cenários para reduzir o custo, Foster não pode usar Han Solo, pois Harrison Ford só tinha assinado contrato para o primeiro filme.

Se me foi esquisito ler "A Trilogia Thrawn", por ter sido escrita antes dos "prequels", aqui a estranheza foi mais forte. Tente imaginar o pouco que se sabia sobre Luke, Leia, Darth Vader e a Força ao final do primeiro filme... Em vários momentos existe uma certa tensão sexual entre Luke e Leia (Lucas só decidira que eram irmãos ao detalhar o roteiro do terceiro filme).

A história do livro está longe de ser brilhante. Luke e Leia caem em um planeta meio selvagem e acabam correndo atrás de um MacGuffin o cristal Kaiburr enquanto são perseguidos por Darth Vader. Cristais com poderes mágicos estiveram no longo caminho que foi a escrita do roteiro do primeiro filme e o tema voltaria décadas depois na animação Clone Wars.

Os personagens secundários não despertam grande atenção. Temos o sádico chefe de segurança do Império no planeta, a velha Halla sensitiva à força, e o par de Yuzzems, criaturas peludas fortes e ferais.

Além do cristal, o livro contém algumas referências a coisas e situações que viriam a aparecer nos filmes e séries: o uso da Força para mover objetos e a tribo de criaturas semisselvagens que derrota tropas do Império.

De resto é uma correria fugindo dos imperiais e de monstros por pântanos e caminhos subterrâneos.

Veredito: descartável.


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