domingo, janeiro 15, 2023

Nina (2012 - 2023)

Nina foi uma cachorrinha sapeca, presente da minha filha quando ainda estava me recuperando da ida do Teddy. Border Collies tem fama de inteligentes e a Nina fazia jus à fama. São também cachorros de pastoreio e muito agitados, o que nem sempre conseguimos ajudar a dar vazão.



Fizemos um erro na infância dela. Preocupados excessivamente com a saúde, a mantivemos afastada de outros cachorros e de pessoas por um tempo prolongado demais. O resultado foi uma dificuldade de convivência social, que só descobrimos quando fomos viajar e a deixamos em um hotelzinho. Minha primeira tentativa de passear com ela na rua foi bastante complicada.

Um adestrador carinhoso melhorou bastante o comportamento dela e mostrou como eleaaprendia rapidamente comandos. Anos mais tarde, uma outra adestradora tentou acostumá-la com pessoas, mas os resultados não foram totalmente satisfatório. O veredito dela foi que a Nina não era agressiva, mas sim uma medrosa que acreditava que a melhor defesa era o ataque... Várias pessoas que dedicaram tempo e paciência conseguiram ganhar a confiança dela. 

A agitação reduziu um pouco com o passar dos anos. No começo era capaz de ficar horas latindo (querendo dar "o último latido" nas discussões com os cachorros da vizinhança). Nos últimos anos, passou a latir bem menos e a sua agressividade com outros cachorros passou a ser extremamente seletiva.

Quem acompanha as minhas resoluções de ano novo sabe que ela era a minha companheira nas caminhadas, minha principal atividade física sistemática.

Nina se foi de forma inesperada, num momento em que estou longe de casa e não pude dar pessoalmente adeus. Me entristece ter reduzido as caminhadas antes da viagem (por motivos diversos), sobra um dívida que não poderá ser paga. E vai ficar um grande vazio quando for passear sozinho.


Um comentário:

Diego disse...

Que pena ouvir esta notícia! sempre vi vc falar dos planos de passear mais com ela, vcs deveriam ser bastante ligados. Cachorros nos ensinam sobre o amor ao presente, a gente é que erra achar que o depois existe. Volta e meia me pego atrasando brincar ou passear com a minha cachorrinha e fico me cobrando tbem. força para vc nos dias que virão.