domingo, janeiro 22, 2023

Crítica: Eyes Wide Open - True Tales of a Wishbone Ash Warrior

O primeiro livro lido em 2023 é a autobiografia do guitarrista de uma banda que talvez não seja muito conhecida por vocês: Wishbone Ash, Eu já falei por aqui sobre um DVD e sobre o principal álbum deles, Argus mas não conhecia a história detalhada deles.


A história do Wishbone Ash começa quando Martin Turner (baixista e vocalista) e Steve Upton (baterista) colocaram um anúncio procurando um guitarrista e acabaram fundando o grupo com dois: Ted Turner (nenhum parentesco com Martin) e Andy Powel (o autor do livro que eu li). Atualmente Andy Powel é o único fundador presente no grupo. Dez anos atrás os outros três fundadores processaram Andy pela posse do nome da banda e perderam. Ao ler o livro é importante lembrar que esta é a versão de Andy dos fatos, provavelmente os outros três devem ter lembranças diferentes.

O que me surpreendeu, após ter visto a aparente harmonia deles no show gravado no DVD, é que aparentemente nunca foram amigos próximos. Isto apesar de, no melhor período, terem convividos juntos sob o mesmo teto.  Mas fica claro que os quatro tinham passados e visões de vida diferentes.

Andy não alivia para os seus ex-colegas, chegando a ser maldoso em alguns pontos. As críticas são principalmente para Martin Turner, que se considera a força criativa do grupo e é retratado como mau músico, convencido e daí para baixo.

O livro conta a história de Andy desde a infância até 2015 (quando o livro foi escrito). Capítulos com a história em ordem cronológica são entremeados com capítulos sobre assuntos específicos (como "guitarras"). Às vezes achei isso confuso.

Deixando de lado as briguinhas, fica claro que Andy foi o responsável por manter a banda viva quando os outros foram atrás de outras oportunidades e a situação financeira estava precária. Manter a banda viva está associada a várias mudanças de músicos. Na época da escrita do livro a formação parecia ter estabilizado, mas de lá para cá já tivemos mais duas substituições.

O mais interessante do livro são as histórias do dia a dia de uma banda, percorrendo o mundo com um show atrás de outro e tentando gravar músicas ao mesmo tempo atuais e fieis ao estilo conhecido pelos fãs.

Como parece ser a norma atualmente, o livro tem muitas páginas. Mas o Kindle acusava 70% quando o texto em si terminou. Depois disso algumas páginas com fotos e os apêndices. O menor dos apêndices é a listagem dos álbuns da banda. Temos um longo registro de todas as apresentações na BBC e uma quilométrica listagem de todas as apresentações ao vivo.

Veredito: para os fãs da banda. O livro tem partes interessantes mas não conseguiu me emocionar.


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