domingo, março 08, 2020

Resenha: The Great Degeneration: How Institutions Decay and Economies Die

Não lembro mais por onde cheguei a este livro sobre economia (e algumas coisas mais). Uma rápida pesquisa antes de comprar revelou que o autor tem um certo renome (reparar na capa que o nome dele tem mais destaque o nome do livro) e que o livro foi, na média, bem recebido.



Olhando críticas após terminar a leitura, uma (negativa) me chamou a atenção. Ela sugere que existem dois Fergusons: um bom historiador e um conservador previsível.

O livro parte de uma observação histórica: até o final da Idade Média ocidente (leia-se Europa ocidental) e oriente evoluíam de forma parecida (pode-se até dizer que o oriente estava na frente). Tivemos então um salto do ocidente, que resultou em maior riqueza e qualidade de vida (mesmo levando em conta as desigualdades). Em tempos mais modernos o oriente alcançou e, na opinião de alguns, ultrapassou o ocidente (que agora inclui EUA e Canadá). A casa desta perda da liderança, na opinião de Ferguson, é a "grande degeneração" do título.

O livro aborda então os motivos do avanço original do ocidente: democracia, liberdade econômica, as leias e a sociedade civil. E afirma que todos estes motivos estão corrompidos. É aí que entra a faceta conservadora do autor: na identificação destes problemas e nas sugestões de solução.

Veredito: um livro interessante pela visão histórica, mas cujas conclusões poderão agradar ou enfurecer dependendo da sua opinião política e o quanto você permite ela influenciar a sua leitura de um texto fortemente opinativo.

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