quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Código de Barras - Introdução

Nesta nova série vou falar um pouco sobre código de barras, comentando a sua leitura e impressão e as características de alguns tipos mais comuns. Ao final talvez me aventure a apresentar um código para gerar imagens destes tipos de códigos de barras.

Código de barras é uma das tecnologias usadas para a "auto identificação" (AutoID), ou seja, a captura de dados de forma automatizada. O objetivo principal da AutoID é a maior confiabilidade da informação capturada quando comparada com a transcrição por uma pessoa.

No código de barras a informação é codificada em uma sequência de barras separadas por espaços. Existem diversas formas padronizadas de fazer esta codificação, são as chamadas simbologias. Na forma mais comum, dita linear, temos uma única linha de barras paralelas. Existem também os chamados códigos 2D, organizados como uma matriz de barras ou pontos. Dependendo da simbologia, a informação pode estar codificada somente nas barras ou nas barras e espaços. O tamanho das barras e espaços pode ser variável porém tipicamente são sempre múltiplos inteiros de um fator. Este fator, que afeta diretamente a distância de leitura, é chamado de módulo ou simplesmente de dimensão X.

Como veremos com mais detalhes em outro post, a leitura dos códigos é ótica, com as barras e espaços sendo distinguidos e seus tamanhos determinados pelo contraste entre eles. Existe uma grande variedade de leitores, com diferentes custos e desempenhos. Alguns leitores são pequenos o suficiente para serem embutidos em coletores portáteis com tamanho e peso semelhante ao dos PDAs.

Respeitadas algumas pequenas restrições, os códigos de barras podem ser impressos pelos meios normais de impressão. Isto é uma vantagem na identificação de artigos para o varejo, pois o código pode ser produzido junto com a embalagem, sem custo adicional. Os códigos podem também ser impressos a custos razoáveis em etiquetas, inclusive sob demanda (com conteúdo determinado no momento da impressão). Os códigos podem também ser gravados em etiquetas de outros materiais (como metálicas) para ter maior durabilidade e resistir a processos de congelamento, aquecimento ou limpeza.

Embora os códigos de barra sejam mais visíveis no varejo, eles estão atualmente em uso em toda a cadeia lojística (nas fábricas, nos depósitos, nos transportes, etc).

Um código linear pode armazenar algumas dezenas de caracteres (e os 2D até mais que 1KByte), mas tipicamente o conteúdo possui cerca de uma dúzia de caracteres. Isto, combinado ao fato de que a atualização do código de barras requer a sua substituição, faz com que tipicamente o código de barras contenha um código que é usado como chave para consulta das informações em uma base de dados. Tomando um exemplo do dia-a-dia, o leitor no caixa do supermercado lê um código que o PDV usa para obter a descrição e o preço do produto.

Normalmente, o conteúdo do código de barras pode ser lido por qualquer um e o código pode ser facilmente duplicado (por exemplo por fotocópia). O primeiro ponto não é necessáriamente crítico, pois o código de barras contém a chave, não os dados, porém a duplicação pode impedir alguns usos (como o controle de acesso). Ocasionalmente é colocada uma máscara vermelho escura sobre o código e a leitura é feita por infra-vermelho para criar um código 'mais seguro'.

A grande limitação dos códigos de barras é a necessidade de visada direta para a leitura.

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