domingo, março 06, 2022

Crítica: The Man in the High Castle

"The Man in the High Castle" (O Homem no Castelo Alto) é uma série de ficção baseada no livro de mesmo nome de Philip K. Dick (que você talvez conheça como o autor das histórias que serviram de ponto de partida para "Blade Runner", "Minority Report" e "Total Recall"). A série já terminou, são quatro temporadas (cada uma com dez episódios de cerca de uma hora) e você encontra no Amazon Prime (aquele serviço que a Amazon te oferece um mês grátis a cada compra).

A premissa do série é um mundo alternativo, onde alemães e japoneses ganharam a segunda guerra e dividiram entre si os Estados Unidos. A série inicia em 1962, quando surgem filmes mostrando outras realidades (inclusive a nossa).


Um dos atrativos da série é a complexidade dos personagens, bem retratada pelos bons atores. Os "mocinhos" tem os seus momentos de malvados. E não se surpreenda se de repente você sentir dó ou torcer por um malvado.

A série traz temas bastante tensos e uma razoável quantidade de violência (embora alguns momentos mais fortes são justamente os não mostrados). Ao contrário das séries de um outro streaming, temos muito pouca nudez. Mas temos mortes inesperadas, inclusive de personagens importantes. A qualidade da produção é bastante alta, com imagens bem marcantes.

A temática oscila bastante. Alguns momentos reforçam o lado de ficção científica, outros são mais filosóficos, temos bastante drama, um pouco de romance e uma pitada bem pequena de humor. É daquelas séries que prende o espectador, quando acaba um episódio você vai querer ver o seguinte. Muitas coisas irão te fazer pensar.

Existe uma certa descontinuidade entre as temporadas (a série mudou de showrunner em todas elas). O impacto maior é entre a terceira e a quarta, a decisão de encerrar a série foi tomada entre elas. O que nos trás ao ponto crítico de toda série: a conclusão.

Da terceira para a quarta temporada alguns personagens e enredos são abandonados. O desfecho para alguns personagens não será satisfatório para muitos espectadores. Mas a série consegue chegar a um fim satisfatório e, como dizem, o prazer está na viagem e não no destino.

Veredito: Recomendado.

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