domingo, julho 19, 2020

Crítica: Mandrake The Magician: The Dailies Vol. 1: The Cobra

Este é o primeiro (e até o momento único) volume de coletânea das tiras diárias de Mandrake,



Devo confessar que nunca fui fã dele e comprei este volume (em formato eletrônico) por curiosidade e uma boa oferta. As tiras começam em 1934, o que faz de Mandrake o primeiro "herói fantasiado" dos quadrinhos - usa uma capa, mas não uma máscara (que viria na próxima criação de Lee Falk, o Fantasma).

As histórias são bem diferentes das que eu conhecia. Nas histórias mais recentes Mandrake é principalmente um hipnotizador, com o bordão "Madrake gesticula hipnoticamente" (que não aparece nenhuma vez nestas tiras). Aqui ele tem verdadeiros poderes mágicos (mais ou menos intensos conforme a necessidade do roteiro). Em alguns pontos existe a insinuação de que os feitos são mero hipnotismo e em outras Mandrake diz que "depois" vai explicar o que fez (e nunca explica).

O entorno certamente não é politicamente correto (pelas definições atuais). A começar por Lothar o servo africano com feições caricatas e fala errada. As mulheres lindas e sedutoras, muitas vezes em roupas reduzidas (o que resultou em algumas censuras na época).

A arte de Phil Davis é excelente, assim como a qualidade da reprodução (ainda mais se tratando de originais de quase noventa anos atrás).

Veredito: Recomendado, se você achar em oferta e não se importar com o politicamente incorreto.







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