domingo, setembro 30, 2018

Crítica: Valerian e a Cidade dos Mil Planetas

Já falei algumas vezes por aqui em Valerian, os quadrinhos franceses de ficção (não muito) científica, e mencionei que o destaque recente se deve a um filme lançado no ano passado. Agora foi a vez de conferir este filme.



O diretor do filme é Luc Besson, um nome que deve te trazer em mente "O Quinto Elemento". Existe sim alguma semelhança, mas claramente o botão de volume está mais baixo em "Valerian", a começar pelo elenco. Apesar de alguns nomes conhecidos em papeis secundário (incluindo Rihanna, que praticamente apenas empresta o rosto), o par principal foi dado a novatos. Dane DeHann faz Valerian e, na minha opinião, conseguiu deixar o personagem ainda mais chato que nos quadrinhos. A Laureline de Cara Delevingne me agradou mais e pareceu bem alinhada com a personagem nos álbuns.

Na sua maior parte, o filme carrega no visual e na ação, com o apoio (na parte inicial) de cenários e situações esbanjando non-sense. Isto ajuda a ir levando o filme independente do roteiro. E é no roteiro que está o maior problema. Dos quadrinhos foram retirados apenas algumas ideias isoladas (nem agentes do espaço-tempo Valerian e Laureline são!). O roteiro é chavão na essência, adornado de detalhes confusos. Uma pitada de Avatar foi usada como tempero, mas continuou insonso.

O pessoal do politicamente correto reclamou das roupas de Laureline e da caracterização dos "Boulan Bathors". Aliás, a parte toda da interação entre eles e a Laureline, que leva à participação de Rihanna, é um grande enchimento para compensar a falta de roteiro.

Veredito: Para ver na sessão da tarde com um balde de pipocas.

Tem o trailer no YouTube.

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