Ganhador de vários prêmios, "To The Moon" tem a resenha mais votada no GOG com o título "Has a game ever made you cry?" (algum jogo já o fez chorar?) e todas as críticas mencionam a falta de gameplay. Afinal, que tipo de jogo é este?
O Argumento
A história parte da existência de uma tecnologia capaz de criar memórias artificiais tão perfeitas que só pode ser usada em pessoas à beira da morte (devido ao conflito entre elas e as memórias verdadeiras). Os doutores Rosalene e Watson trabalham para a Sigmund Corp, uma empresa que usa esta tecnologia para satisfazer o último desejo de pacientes terminais.
Para satisfazer o desejo, é preciso percorrer a memória do paciente do momento atual até a sua infância e implantá-lo no momento propício. A partir daí, a própria força do desejo ira levar à sua realização como um conjunto de memórias artificiais. Se tudo der certo, ao final o paciente acorda tendo "vivido" em sua cabeça a vida que desejou e morrerá feliz.
Johnny é um destes pacientes, e seu desejo é ir para Lua. Mas ele não sabe porque.
O Jogo
A maior parte do jogo consiste em percorrer a memória de Johnny. Isto é feito saltando entre ocorrências importantes do passado, interligadas por objetos ("mementos"). Em cada etapa Rosalene e Watson (que você contraola) tem que encontrar o memento e ativá-lo, encontrando cinco elos de memória (que são objetos ou locais). À medida em que fazem isto, testemunham os pontos marcantes da vida de Johnny.
É neste ponto que entra a questão da ausência do "gameplay". A tarefa do jogador é quase que exclusivamente exploração. São poucos os problemas típicos de jogos de aventura e as sequências de ação, e a inclusão deles parece forçada e supérflua. Mais importante, o desfecho da história independe das ações do jogador. Não existe, portanto, o desafio típico dos jogos.
O que prende o jogador é a história. Rapidamente você se apega a Johnny e aos mistérios que o cercam. Sua história envolve temas fortes, que são muito bem tratados. Rosalene e Watson são também personagens cativantes, com suas briguinhas e providenciando o alívio cômico quando necessário. Sim, você vai se emocionar no trecho final, quando as peças se encaixarem e os mistérios forem resolvidos.
O visual do jogo imita os antigos RPGs japoneses do tempo do SNES (no trecho final temos algumas sequências animadas com mais detalhes). Apesar desta simplicidade técnica no geral as imagens são muito bonitas e algumas realmente lindas.
A música é outro ponto alto, não somente pela qualidade da composição e gravação mas principalmente por dar o clima perfeito para o jogo (a trilha sonora está à venda no site da Freebird Games).
Não é um jogo muito longo, dura entre 4,5 a 6 horas. Certamente você consegue ir do começo ao fim em um único dia. No meu caso, se estendeu por duas semanas de sessões esporádicas de 1 a 2 horas, culminando com uma sessão mais longa no final (quando o anseio pela conclusão aumenta e fica difícil encostar o jogo).
Abaixo o trailer oficial.
Veredito
"To The Moon" não é exatamente um jogo. É uma bela história, com o mecanismo de jogo sendo usado para contá-la de uma forma envolvente.
Algumas pessoas no GOG questionam se vale o preço, eu acho que todos nós já gastamos muito mais para assistir no cinema um filme mais curto e com roteiro muito pior.
Recomendado.
2 comentários:
Caro Daniel,
Ma chamo Ronan Macil, no facebook, irá encontrar minha página e ver o que tenho buscado fazer, em Notas, Minhas Anotações, sobre meio ambiente e outros. Ideias para a fome no mundo e muitos grandes problemas. Gostaria, se possível, me tornar um conhecedor e até hacker/programador, amo o conhecimento, também por ter alguns problemas,com minhas contas. Sintomas se aapresentam e variam muito, como não ocorrer a busca de um nome, na caixa de texto, na caixa de texto haver demora para aparecer,etc.
Grato!
Espero vosso contato, pois que erro, mas busco um bem maior. Ajudar o homem, as criaturas vivas de nosso planeta e o próprio!
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