domingo, novembro 12, 2023

Crítica: Star Wars Resistance

Estando próximo o fim da minha assinatura anual da Disney+ (que não pretendo renovar), estou dando uma garimpada nos títulos antigos. "Start Wars Resistance" é uma animação de 2018, criada por David Filoni e que se passa na época da "trilogia Disney". Foram duas temporadas, num total de 40 episódios, cada um com pouco mais de 20 minutos. A arte se inspira (levemente) nos animes japoneses.

Tam, Neeku, Kazuda e Torra

Encontrei na internet críticas bastante variadas, indicando que a série não agradou a todos.

Um primeiro ponto, que aparece em muitas críticas é que a série seria orientada para crianças (e, por consequência, menos atraente para adultos). Discordo. Estamos falando em guerra, ataques a populações civis e até tortura. Tem pouco sangue e as mortes não são enfatizadas, mas o tema não é assim tão leve.

A série acompanha  Kazuda Xiono, um jovem piloto da Nova República que é recrutado por Poe Dameron para espionar a atividade da Primeira Ordem na estação de abastecimento Colossus. Kazuda não me entusiasmou como personagem. Mais que engraçado, é patético e totalmente inadequado como espião. Amadurece um pouco ao longo da série, mas não muito. Tem um poucos momentos heroicos.

O disfarce de Kazuda é ser um mecânico na oficina de Jarek Yeage, trabalhando junto com Neeku Vozo e Tamara "Tam" Ryvora.  Neeku (calma aí, 5a série!) seria basicamente um alívio cômico e é bem irritante no início. Supreendentemente, ele mostra competência em várias oportunidades e acabou sendo (para mim) um personagem mais interessante que Kazuda. Tam tem uma visão diferente dos demais sobre a Primeira Ordem e (não surpreendentemente) acaba indo participar dela. Seria material para uma boa trama, mas (como muita coisa nesta série) não se realiza totalmente. Jarek é outro personagem mal aproveitado, um ex-combatente que agora quer distância das lutas.

Tem mais uma dúzia de personagens secundários, dos quais destaco apenas dois. São duas potenciais par romântico para Kazuda, mas série Disney não gosta de trilhar estas águas. Synara é a pirata que acaba ajudando os herois; gostaria que ela participasse de mais episódios. Torra Doza é a filha do comandante da Colossus e um dos pilotos que participam de corridas (sem graça) e protegem a estação dos piratas e da Primeira Ordem. O problema de Torra é que é completamente "sem sal", fácil de esquecer ao final de cada episódio.

Personagens da "trilogia Disney" aparecem de vez em quando, para tentar dar uma ligação entre a série e os filmes. Não funciona.

No meio dos 40 episódios tem vários "fillers", histórias totalmente descartáveis que não acrescentam nada à (tênue) trama e aos personagens. São poucas as vezes em que sentimos uma preocupação forte com o que vai acontecer.

O final também me pareceu xoxo, uma solução que não resolve muito.

Veredito: Ignore. Mais uma boa oportunidade desperdiçada por Filoni.


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