O SPT-1500 foi anunciado pela Symbol em 1998, na esteira do lançamento do Palm III. A expectativa na Seal era tanta que, enquanto não chegavam as primeiras unidades, chegaram a pegar colar um logotipo da Seal em um Palm Pilot e mostrar para potenciais clientes.
O Palm III estava fazendo sucesso entre pessoas físicas e empresas. É preciso lembrar que foi um dos primeiros a merecer o nome de "computador de bolso". Originalmente um PDA (Personal Digital Assistent), inúmeros aplicativos de terceiros expandiam o seu uso.
Os principais atrativos do SPT-1500, comparado com outros coletores, eram o preço e a interface gráfica (é difícil acreditar que a tela tinha apenas 160x160 pontos em com 4 tons). Não tinha tanta robustez, mas era excelente para uma série de aplicações como Automação de Força de Vendas. O scanner da Symbol, apesar de bastante pequeno tinha um ótimo desempenho e a aplicação mais usada era o inventário de produtos.
Do ponto de vista da área técnica, o desafio foi aprender a desenvolver software para ele. A ferramenta oficial era o CodeWarrior, programando em C. Alguns geradores de aplicativo tiveram sucesso, como o Satellite Forms. Para os mais ousados era possível desenvolver com o gcc e algumas ferramentas de domínio público.
A Seal foi, aos poucos, construindo um portfolio de aplicações "genéricas" (para uso por qualquer cliente), ao mesmo tempo que desenvolvia várias aplicações específicas.
A Symbol criou também uma versão robusta do SPT, com opção de comunicação por rádio e bateria recarregável. É claro que era bem mais caro e não teve, pelo menos aqui no Brasil, tanto sucesso.
Como falei no post anterior, a Palm não conseguiu evoluir rapidamente o seu sistema operacional e demorou para incorporar telas coloridas. Isso abriu espaço para a Microsoft com o Windows CE, criando o PalmPC (mais adiante renomeado para Windows Mobile). A Symbol rapidamente adotou o CE nos coletores, como veremos no próximo post.
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