domingo, agosto 21, 2016

Crítica: Totally Dead

Não consegui segurar por muito tempo a leitura do quarto e último (ao que tudo indica) livro do Streeter (personagem que já apareceu por aqui).




Não sei se foi por saber que era o último da serie, mas Totally Dead me pareceu um pouco diferente dos demais. Como nos demais, temos uma trama enrolada e personagens curiosos. Alphonse "Al" Lucci, vulgo Cheese Man, é proprietário de algumas pizzarias. Apesar da pose de chefão e de falar que é bem relacionado, é apenas um velho com um coração mole. Freddy "the D" Disanto, quer comprar um dos prédios de Al, mas ele não quer vender por razões sentimentais. Apesar de ser um psicopata violento, Freddy delega a tarefa a Mitch Bosco, um bandido que tem uns três quartos do seu (não muito grande) cérebro ocupado por livros de auto-ajuda (o que gera um pequeno alívio cômico). Mitch tem sonhos grandes, mas no momento está complicado com a polícia e fechou um delação premiada para entregar para a promotoria Ted Kosta, um estúpido receptador de bem roubados. A estes personagens se juntam mais alguns outros, igualmente pitorescos.

Em vários momentos Totally Dead parece estar indo em uma certa direção, mas dá uma guinada e a possível trama não se concretiza. Streeter parece totalmente perdido nos primeiros três quartos do livro (o que não é de todo incomum no gênero noir). Um personagem de um livro anterior reaparece, mas a sensação é que foi só para ser usado em uma determinada cena. O texto é bom, a leitura empolga, mas fica uma sensação de não ter chegado ao auge que está bem próximo.

Veredito

Recomendado. Não é o melhor do autor nem do personagem, mas mesmo assim é acima da média.

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