sexta-feira, agosto 13, 2010

Som Aposentado: Tape Deck Sony TC-118SD

O gravador que vimos na primeira parte era muito divertido, mas longe de ser um aparelho para gravar e escutar música com fidelidade. Daí o meu desejo de ter um tape deck melhor, o que consegui como prêmio da entrada na faculdade.


O Sony TC-118SD tinha praticamente tudo que se poderia querer de um gravador de fita cassete no final dos anos 70.

A página do manual que reproduzo abaixo mostra os controles e indicadores do aparelho (clique para ampliar).

Alguns destaques:
  • As luzes verde, amarelo e vermelho dão um "charme" especial ao aparelho.
  • O "conta-giros" permitem o "acesso randômico" na fita, mas os "tempos de acesso" são bem longos.
  • Os VUs (os "reloginhos" que mostram o nível do sinal), além de bonitos, são realmente úteis. Eu costumava respeitar as regiões vermelhas, o que resultava nas minhas fitas serem bem mais baixas que as dos meus amigos.
  • Os potenciômetros para ajuste do nível de gravação.
  • O seletor de tipo de fita, permitindo optar entre normal, ferro cromo e dióxido de cromo. Não me lembro se alguma vez eu cheguei a usar uma fita de ferro cromo. Eu acabei adotando as fitas de dióxido de cromo, tipicamente as Basf (que eram mais em conta).
  • O seletor de Dolby NR. Um problema sério das fitas cassete era o alto nível de ruído, principalmente nas alta frequências. O sistema Dolby amplificava os sinais agudos antes da gravação e os atenuava na reprodução, melhorando a relação sinal/ruído. Fiz questão do modelo 118 para ter o Dolby, tinha um outro modelo (acho que era o 119) que era idêntico por fora exceto que no lugar do Dolby ele tinha um filtro para cortar as frequências altas.
Esta outra página do manual descreve um procedimento importante: a limpeza das cabeças. Era muito comum elas ficarem sujas, principalmente com as fitas baratas que eu usava.

Uma última curiosidade: dentro do manual tenho guardada ainda a nota fiscal. O aparelho foi comprado na Santa Ifigênia em 10/2/1977 por CR$5.200,00 (que não tenho a menor ideia do que corresponde em dinheiro atual).

9 comentários:

Unknown disse...

kkk, essa foi boa. Acho que convertendo conforme o site http://www.igf.com.br/calculadoras/conversor/conversor.htm, da uns 1,9 E-9 Reais. Imagine!! acho que não vale 1 centavo. rsrsrs.

Daniel Quadros disse...

Guto,

Você está olhando pelo lado contrário, olhando a desvalorização do cruzeiro em relação ao real.

Segundo http://www.uel.br/proaf/informacoes/indices/salminimo.htm o salário mínimo em fev/1977 era de CR$768,00. Portanto o aparelho custou cerca de 6,8 salários mínimos, o que corresponde hoje a mais de R$3.000,00!

Daniel

Unknown disse...

Rsrs, não olhava por esse lado, valeu então.

Anônimo disse...

muito legal este tape deck. será que está a venda?

Daniel Quadros disse...

Não está a venda, tem muito valor sentimental...

Monark Tigrão disse...

Legal, hein. Tenho um destes; com manual e tudo. Também foi meu 1º deck, mas eu comprei em 1.976. É excelente com fitas de chromo. Eu acho o som melhor que CD. hoje ele está na coleção.

Rodrigo Feliciano disse...

Ele é muito parecido com o Technics que vou desmontar em breve. Inclusive as luzes e posições dos controles...

Márcio disse...

Alguém se interessa em comprar um por R$ 1.500,00?

Anônimo disse...

Estou reformando um exemplar deste....

Vejam aqui em https://www.facebook.com/Rogeriocwb