domingo, setembro 15, 2024

Crítica: The Quick Red Fox

 Mais um livro com o personagem Travis McGee. Já li vários e resenhei alguns aqui no blog. É uma série no estilo noir, e cada título possui referência a uma cor.

Desta vez McGee está trabalhando para uma atriz famosa que está sendo chantageada por fotos de uma participação em um orgia. Mas, como costuma ocorrer no noir, isto é apenas desculpa para o autor apresentar a sua visão cínica do mundo.

Na minha visão, o tema agora são as mulheres (e talvez o amor). Além da atriz, tem destaque a assistente ultra eficiente e fria que acompanha Travis em todo o livro. Várias outras aparecem ao longo da história, e mesmo as participações breves são marcantes.

A prosa é caprichada e a história passa por vários locais dos EUA. O autor não perde a oportunidade de colocar um comentário cínico sobre cada um deles.

A trama vai se complicando à medida em que McGee vai procurando as pessoas que aparecem nas fotos (e o fotografo que as tirou). E aí aparecem alguns corpos e várias tragédias. O livro dá uma acelerada nos penúltimos capítulos. Mesmo quando a história parece ter acabada fica uma sensação de algo ainda vai dar errado, o que se confirma no capítulo final.

As cenas envolvendo lésbicas talvez ofendam as sensibilidades atuais. Ponham a conta na época (o livro foi lançado em 64) ou na visão estreita do autor. Para mim faz parte da obra.

Veredito: Recomendado para quem gosta do estilo.


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