domingo, fevereiro 02, 2014

Crítica: Super Session

"Super Session" é um álbum de 1968, idealizado pelo músico  Al Kooper e com a participação (não simultânea) dos guitarristas Mike Bloomfield e Stephen Stills. O estilo é predominantemente blues, mas com picadas de jazz e pop psicodélico. Muitos consideram que este álbum abriu as portas para os chamados "super grupos".



Eu cheguei a este disco a partir do clássico "Highway 61 Revisited" de 1965, onde Bob Dylan fez uma guinada do folk acústico para uma música predominantemente elétrica. Al Kooper atuava como guitarrista na época, mas acabou assumindo, de forma brilhante, os teclados.Os seus riffs de órgão em "Like a Rolling Stone" e "Ballad of a Thin Man" são considerados obras primas. Foi durante esta gravação que Al Kooper conheceu o guitarrista Mike Bloomfield.

Alguns anos depois, Al Kooper convidou Mike para dois dias de jam no estúdio. Após um primeiro dia extremamente produtivo, Bloomfield teve um problema de saúde. Para não desperdiçar o estúdio, Kooper chamou Stephen Stills, que estava saindo do Buffalo Springfield. Após estes dois dias de gravação, foram acrescentados metais e o disco estava pronto. O LP original trazia as faixas com Bloomfield em uma face e as com Stephen Stills no outro.

A versão que eu comprei na iTunes Store é a de 2003, com quatro trilhas adicionais.

Albert's Shuffle abre o disco em grande estilo, com um blues dominado pela guitarra de Bloomfield.e com um belo solo de orgão no meio.

Stop alterna fraseados do orgão e da guitarra, num ritmo bem alegre.

Man's Temptation é um blues mais para a balada, e um bom veículo para os vocais de Al.

His Holy Modal Majesty é uma composição um pouco mais ambiciosa, com Al usando um precursor dos sintetizadores, o Ondoline.

Really fecha o primeiro lado do LP, com um blues lento com uma guitarra "chorosa".

It Takes A Lot to Laugh, It Takes A Train to Cry é um cover acelerado de Bob Dylan.

Season of the Witch é um rock psicodélico que dá oportunidade a Stephen Still extrair da guitarra alguns sons que lembram um pouco Jimmy Hendrix.

You Don't Love Me é um blue clássico em uma versão marcada pelo uso de flanging.

Harvey's Tune é uma bela composição do baixista da sessão (Harvey Brooks).

As faixas bonus são versões sem metais (que achei melhores que as originais) de  Albert's Shuffle e Season of the Witch, a boa Blues for Nothing (cortada do disco original) e Fat Grey Cloud (ao vivo).

Veredito

Imperdível

Nenhum comentário: