domingo, agosto 22, 2010

Resenha: O Amigo de Infância de Maigret

Mais um livro de Maigret, inédito no Brasil, publicado pela L&PM Pocket.



Nesta história Magriet é procurado no trabalho por um amigo de infância (Florentin), para comunicar a morte de sua, digamos, namorada. A coisa é mais complicada, pois logo de cara Florentin explica que ela tinha (com conhecimento e anuência dele) quatro amantes.

Maigret se vê em uma situação delicada. As provas todas apontam para Floretin, que jura inocência. Embora ele não tenha uma amizade forte com Florentin (seria mais preciso dizer que era um colega de escola), se sente constrangido em prendê-lo imediatamente. Não ajuda muito o fato de Florentin ter sido o "palhaço" da turma e estar claramente omitindo informações.

Maigret se debruça então nos outros quatro suspeitos, o que propicia o tradicional exame de Simenon à natureza humana. Existe ainda a zeladora do prédio, descrita por Florentin como o "monumento aos mortos". Uma mulher enorme e maciça, que responde de forma curta às perguntas de Maigret e claramente está escondendo algo.

Diferente da maioria dos livros de Maigret, este possui um forte componente de "whodunit" - a busca em descobrir qual dos suspeitos cometeu o crime a partir das pistas e evidências.

Veredito: muito bom. Um livro gostoso de ler e que une o lado mais tradicional dos mistérios ao exame da condição humana.


Esta resenha é cortesia do Hospital do Servidor Público - uns três quartos do livro foi lido enquanto esperava o meu pai ser atendido para uma consulta. O quarto final foi lido enquanto aguardava ser atendido por um cliente. Espera também é cultura!

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