Aproveitando uma oferta da Comixology, resolvi experimentar (em formato eletrônico) a série francesa Sisco, atraído pela qualidade da arte. Inicialmente comprei e li os dois primeiros volumes; apesar dos defeitos que descrevo abaixo, gostei o suficiente para comprar os dois volumes seguintes.
Sisco é um thriller policial/político. O personagem principal, Sisco-Castiglioni, é um agente de uma agência francesa responsável por trabalhos sujos do governo. O texto é de Benec e a arte de Thomas Legrain.
No primeiro volume (Shoot when you are told), Sisco cumpre uma ordem de assassinato de uma pessoa que poderia deixar o presidente em situação embaraçosa. Entretanto, o assassinato é testemunhado por uma pessoa que consegue fugir. Sisco precisa não somente eliminar esta testemunha, como sobreviver às intrigas na sua própria agência. É uma história sórdida, violenta e com uma cena de sexo explícita e meio gratuita. Mas a história prende a atenção do leitor. O grande problema na leitura deste volume é que Sisco é uma pessoa detestável, violenta, fria e que maltrata as pessoas (até mesmo a namorada). A arte é magnífica, limpa e elegante. Quem conhecer Paris irá gostar das eventuais cenas de lugares famosos.
Esta história prossegue no segundo volume (Shut her up!), onde Sisco precisa silenciar a jornalista que recebeu a filmagem da testemunha e evitar que os seus rivais o matem. A arte continua melhor que a história, mas Sisco começa a mostrar outras emoções além do ódio cego.
A historia seguinte ocupa novamente dois volumes (Gin Fizz e Whisky and Coke). Sisco está agora (de castigo?) como babá da filha do presidente e é claro que ela vai se meter em encrenca pesada. Desta vez a excelente arte é acompanhada de uma boa história, com ritmo acelerado e um pequeno mistério. E o melhor é que Sisco está nais agradável desta vez.
Veredito: Recomendado, a não ser que você seja particularmente sensível a violência e sexo.
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