domingo, junho 14, 2015

Jogo do Mês: Loom

Loom é uma aventura gráfica lançada originalmente em 1990, que possui características talvez únicas. Eu ouvi falar neste em 90 ou 91, graças ao "mersanchising" no Monkey Island. Em 1994 eu achei em uma pilha de pechinchas a versão em CD-Rom (acho que era uma versão fornecida junto com micro ou com a unidade de CD, pois era só o CD e o manual).

Com a venda da Lucasarts para a Disney, finalmente o Loom apareceu no GOG.com. Não resisti a uma oferta e resolvi matar a saudade.



Como a wikipedia explica, existiram três versões de Loom. A que é vendida no GOG e a mesma que eu tinha: a versão para CD-Rom com gráficos VGA 256 cores. Para rodar nos micros atuais é usado o ScummVM.

Infelizmente os anos pesam na qualidade gráfica. A resolução de 320 x 200 x 256 cores é desconfortável (mesmo com o upscaling do SummVM) para quem se acostumou com acima de 1280 x 720 com 16 milhões de cores.


Mas o que realmente importa é a forma como se interage com o jogo. É uma aventura do tipo point-and-click, mas sem o tradicional inventário, a meia dúzia de comandos e os diálogos selecionando frases em uma lista. Você se locomove pelo cenário como em outros jogos deste tipo (que a Sierra chamava de 3D), ao clicar em um objeto ou pessoa você o seleciona e se clicar duas vezes causa uma interação curta.

Para fazer as coisas acontecerem é preciso tocar uma sequência de quatro notas no cajado que aparece na fase inferior da tela. No começo você só tem algumas notas e só conhece uma sequência (se olhar no manual, se não olhar não tem problema pois você vai aprendê-la).  Novas sequências serão tocadas quando você interagir com pessoas ou objetos. Cabe a você identificar as notas, deduzir qual o efeito e aplicá-lo posteriormente em uma situação diferente. Existem três níveis de dificuldade, no padrão (que foi o que joguei) quando uma sequência toca as notas são indicadas no cajado. No nível mais difícil você precisa usar o ouvido para reconhecer as notas. A medida que você aprende as sequências deve ir anotando em um livrinho. Após completar certas tarefas você ganha a capacidade de tocar uma nova nota.

Uma das consequências é que os problemas são relativamente simples. No pior caso você pode ir experimentando todas as sequências que conhece. Não tem como morrer ou perder.

Eu sofri um pouco no começo, enquanto me acostumava com o jogo (e tem um problema com solução infame). Depois a coisa correu bem até o final, onde pensei que tinha perdido uma sequência e que precisaria recomeçar de um trecho anterior (mera ilusão, dava para escutar de novo a sequência).

O áudio do jogo é excelente, pena que a trilha musical não toca o tempo todo. A história é interessante, inicialmente o jogo vinha com uma fita cassete com uma introdução (ainda dá para achar na internet, tanto no YouTube como em MP3).

Finalizei com um único dia de jogo, com muitas pausas e ritmo bem lento. Não seria difícil ir do começo ao fim em uma manhã ou tarde. Como a wikipedia explica, o jogo tem um "final aberto" e se pensou em estendê-lo em uma trilogia, mas isto nunca foi feito.

Veredito

Vale por ser um jogo diferente.

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