domingo, junho 28, 2015

Crítica: Superman - The Silver Age Dailies Vol 2 (1961-1963) e Vol 3 (1963-1966)

Estes dois volumes completam as tiras diárias do Super-Homem no período denominado de Silver Age. A minha crítica do primeiro volume pode ser vista aqui.



Como no primeiro volumes, os enredos são adaptações de histórias publicadas anteriormente nas revistas Superman, Action Comics e Lois Lane. Não é material de primeira, algumas são bastante bizarras ou simplesmente bobas. As adaptações foram feitas por Jerry Siegel; embora o ritmo seja perfeito para tiras diárias nenhuma história alcança a emoção e o brilho de Superman's Return to Krypton (ponto alto do primeiro volume).

Várias histórias realçam os cacoetes que foram minando as aventuras do Super-Homem e colocando os autores em um beco sem saída. Para começar, os poderes do Super-Homem são praticamente infinitos. Não apenas ele é invulnerável e ilimitadamente forte, mas tem a super visão (com poderes telescópicos e microscópicos), o super sopro (com poderes congelantes), a super audição e até mesmo uma "super inteligência" (que parece estar desligada na maior parte do tempo). Máquinas e dispositivos mirabolantes (como os super robôs) aparecem para salvar um história e complicar as histórias futuras (e obrigando os roteiristas a crias desculpas esfarrapadas pelo seu não uso).

Com tudo isto não é de estranhar que os autores tenham dificuldade em encontrar adversários para o Super-Homem. As soluções que encontram estão longe de serem boas: temos bandidos comuns, alienígenas caricatos e roteiros bizarros. Kriptonita parece ser uma das substâncias mais abundantes da Terra, tanto na sua forma verde como na vermelha (que é usada para criar histórias ridículas).

Coincidência: o rei de Sardonia é sósia do Super-Homem

Uma outra coisa que me irritou foi a personalidade de Clark Kent. Ao mesmo tempo em que age como uma ator canastrão ao manifestar covardice, ele casualmente se coloca em situações extremamente perigosas ou mostra enorme desenvoltura para uma pessoa tímida.

Mais um sósia... e o tímido Clark Kent se portando de galã

Os volumes continuam sendo fisicamente impressionantes em tamanho e qualidade gráfica. A arte é de Wayne Boring e é muito boa (mas não excepcional).

Veredito

Apenas para fãs.

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