domingo, junho 07, 2015

Crítica: Hammer of the Gods

Hammer of the Gods é uma biografia não autorizada do Led Zeppelin, lançada originalmente em 1986 e atualizada em 2008. A introdução do livro fala sobre os boatos do envolvimento da banda com o oculto e com o demônio e das orgias durante as turnês, o que cria expectativa de ver estes assuntos elucidados. Não é exatamente o que veremos no livro.


O livro começa para valer contando a trajetória de Jimmy Page antes do Led Zeppelin. É uma parte muito interessante. Infelizmente, os outros integrantes não recebem um tratamento tão detalhado. Do começo ao fim, o livro trata do Led Zeppelin como Page mas três acompanhantes.

A maior parte do livro relata acontecimentos nas turnês. A principal fonte para isto é Richard Cole, que era quem organizava as turnês e as farras (e foi demitido por não conseguir trabalhar adequadamente após afundar nas drogas). Os quatro integrantes do Led Zeppelin negam os acontecimentos ou acusam Cole de ter feito o que é atribuído a eles. Várias histórias são bem pesadas, com tentativas de estrupo e espancamentos.

A imagem que o livro passa dos músicos não é lisonjeira. Page, que é o mais elogiado em termos musicais, é apresentado como uma pessoa fisicamente frágil, com uma queda por adolescentes. Plant é descrito como inseguro. Boham seria um baterista cuja habilidade estaria restrita a bater os tambores com força, teria a mentalidade de uma criança e se transformaria em um monstro (the Beast) após o seu frequente consumo de bebidas. Pouca referência é feita à Jones, que é descrito como se mantendo afastado dos demais e capaz de esconder as suas estrepolias. As menções às famílias dos integrantes são pontuais e sem muita continuidade.

Sobre a música em si são poucas as referências mais profundas. A gravação e lançamento dos álbuns são registradas e as músicas mais importantes ganham um ou dois parágrafos. São mencionadas algumas das "liberdades" de Page no aproveitamento de canções tradicionais ou de outros músicos sem o devido crédito, mas nem sempre com o final da história.

Veredito

Não recomendado, a não ser que você goste de ler relatos escandalosos.

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