domingo, fevereiro 02, 2020

Resenha: In Enenmy Hands (Honor Harrington #7)

Mais um livro desta série que me cativou (procurando no blog você vai achar a resenha dos cinco primeiros, por enquanto não tem resenha do sexto).

Para quem não conhece (e está com preguiça de ler os posts anteriores), esta é uma série de "ficção científica militarista", inspirada nos excelentes livros da série Hornblower (que se passa no tempo das guerras napoleônicas). É ficção científica "dura", no sentido de tentar obedecer à ciência (pelo menos a ciência da forma como é descrita na série). A heroína da série é Honor Harrington uma oficial que atrai batalhas e desgraças.



No livro anterior Honor foi reintegrada à "Marinha Real Manticoriana" e agora ocupa o posto de Comodora. Antes de se anexar a um novo esquadrão é escalada para uma missão de rotina: escoltar uma caravana de cargueiros.

Ok, aqui esbarramos num problema: o título (e a sinopse) entregam que ela será capturada pelos inimigos (a República do Povo de Haven). E nós sabemos que de alguma forma ela vai sobreviver e escapar (afinal, tem mais livros na série). A primeira parte do livro é uma espera para ver como ela será capturada. Quando ela capturada junto com outros tripulantes a aposta é quem mais vai sobreviver (mortes de personagens são comuns nesta série). E um pequeno spoiler: não é tudo resolvido no final do livro, o que vai deixar você com coceira de ler o próximo volume.

Gostei (mas vi críticas em contrário) das sub-tramas que correm nesta primeira parte. A mais interessante (mas pouco explorada) é quanto aos treecats ("gatos de árvore"?), seres alienígenas de seis patas com uma certa capacidade telepática que, ocasionalmente, se associam a humanos numa complexa relação. No início da série, Nimitz (o treecat que se associou a Honor) parece ser só um animal de estimação exótico mas vai se mostrando mais inteligente e complexo e este livro sugere algo mais profundo sobre os treecats (vamos ver no que isto vai dar nos próximos livros).

Outra trama são as politicagens na República do Povo de Haven. Aqui se alternam algumas considerações interessantes e críticas baratas a um governo totalitarista com um discurso radical de esquerda (inspirado em parte pela França do tempo de Bonaparte e em parte pela URSS).

Uma última subtrama é um possível novo romante para Honor. Mas esta trama é suspensa no momento em que ela embarca na sua nave.

A segunda parte é a batalha onde Honor é capturada e o seu período aprisionado. Uma coisa que pode decepcionar alguns é que a batalha é curto e sem espaço para grandes táticas. E a partir daí Honor fica à merce das decisões de outros.

A terceira parte é a fantástica fuga, digna de um filme "Missão Impossível" (mas com muitas mortes). Neste ponto fica difícil largar o livro.

Veredito: Recomendado para quem está seguindo a série


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