domingo, novembro 29, 2015

Crítica: Liberty Meadows

Liberty Meadows é uma história em quadrinhos única. Eu acompanhei durante anos no gocomics.com e finalmente decidi comprar os albums.



Em vários aspectos Liberty Meadows não é o tipo de tirinha que você espera encontrar diariamente no jornal.

Em primeiro lugar, a qualidade da arte é incrível. Frank Cho desenha como poucos, principalmente mulheres. Não é o tipo de desenho que você espera ser produzido diariamente.


Em segundo lugar, as histórias são muito loucas. Liberty Meadows é um santuário de animais. Mas está mais para um hospício. Meu personagem predileto é Ralph, um urso anão ex-atração de circo e inventor nas horas vagas. Tem Dean, um porco chauvinista. E Frank, o médico veterinário nerd, atrapalhado e acanhado, apaixonado (como todos nós) pela Brandy, psiquiatra de animais. Os demais personagens são todos hilários, até a Morte que aparece ocasionalmente.

Para completar, não é uma tira politicamente correta. Violência, sexo, irreverência, está tudo lá. Sobra até para as outras tirinhas do jornal. É claro que isto causou muito atrito com os editores, o que levou Frank a abandonar os jornais ao final de 2001.



Liberty Meadows passou a ser publicado em formato de revista. Os números 1 a 26 foram publicados pelo próprio Frank e do 27 ao 36 pela Image Comics. O conteúdo destas revistas são as tirinhas originais de jornal, sem as alterações impostas pelos editores. Após um hiato, Frank chegou a publicar o número 37 com material original, mas os números seguintes não passaram (até agora de ideias). Nas palavras dele, dá mais dinheiro desenhar para a Marvel.

Os volumes que eu li colecionam as primeiras 36 revistas, nove em cada volume. O número 37 (Liberty Meadows Wedding Album) está infelizmente esgotado e só é encontrado por preços abusivos. Uma pena, pois isto deixa a história interrompida em um ponto crítico: irá Brandy casar com o detestável Roger?


Veredito

Imperdível.

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