Maigret e o Mendigo
Um mendigo é retirado do mar quase afogado e com um ferimento na cabeça. Este é o começo deste mistério. Como de costume, interessam mais os personagens que pistas ou deduções complicadas. Mesmo sem poder se comunicar com o mendigo, que está inconsciente no hospital, Maigret estabelece uma forte ligação com ele (um contraste grande com outros personagens que praticamente ignoram o mendigo).
Uma diferença em relação a outras histórias de Maigret é uma presença mais forte da Sra Maigret, que o ajuda no começo da investigação e se torna sua confidente do andamento do caso.
A solução do caso é totalmente satisfatória, embora talvez não seja a que a maioria dos leitores espera.
Conclusão: Um romance sólido, que mostra as qualidades da série. Recomendado.
O Revolver de Maigret
Por coincidência, aqui também a Sra Maigret aparece mais que de costume, embora menos que no livro acima.
O revolver do título é um presente do FBI (Maigret normalmente não porta revolver, uma situação típica das polícias europeias em dias mais tranquilos), que é furtado por um visitante. Maigret é nesta história já um comissário famoso, o que leva até a alguns momentos meio cômicos.
O mistério em si é bastante confuso; o leitor provavelmente só entenderá o que ocorreu no final. Mas a questão central do livro não é descobrir quem é o assassino, mas sim entender a motivação do ladrão do revolver.
Na parte final do livro a investigação leva Maigret a Londres. É magistral a descrição do espírito de Maigret, que se vê num país estranho, que fala uma língua que ele não domina e pouco confiante de estar fazendo a coisa certa para evitar uma tragédia.
Conclusão: Outro livro sólido, igualmente recomendado.
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