Os screen savers (protetores de tela) surgiram quando as telas dos computadores e terminais eram predominantemente monocromáticas e não-gráficas. Uma vez que a frequência de refresh dos monitores era baixa (60Hz ou menos) era comum o uso de fósforo de maior persistência, para reduzir o flicker (piscamento) da tela. Entretanto, a apresentação de um ponto aceso por um tempo prolongado danificava o fósforo, deixando uma marca permanente. Até o final dos anos 80 era comum se encontrar monitores que apresentavam, mesmo quando desligados, marcas das regiões fixas da tela (como linhas de status) ou telas de apresentação frequente.
A idéia original dos screen savers era, portanto, mostrar uma tela dinâmica após um determinado período de inatividade do operador.
Como os primeiros sistemas operacionais eram monotarefa, a responsabilidade de proteger a tela ficava com a aplicação e a presença de screen savers era rara. Com o surgimento dos sistemas gráficos e multi-tarefas, como o Windows e o MacOS, os screen savers se difundiram.
Os screen savers foram descobertos rapidamente pela crescente legião de usuários do Windows (logo após a Paciência). Aos screen savers padrões do Windows logo se juntaram outros. A febre dos screen savers se intensificou na primeira metade dos anos 90, passando a constituir uma importante categoria de utilitário, que teve sucessos comerciais como o After Dark (com suas torradeiras voadoras) e o Screen Antics da Sierra (que mostrava as aventuras de um náufrago em uma ilha deserta).
Uma vantagem adicional do screen saver é proteger o conteúdo da tela contra curiosos, principalmente quando protegido por senha.
Os screen savers são hoje usados como material de marketing, para divulgar filmes, jogos e séries de TV.
Embora os monitores atuais não precisem mais de proteção, os screen savers continuam atraindo a atenção de usuários e programadores.
Categorias de Screen Savers
Categorizar algo é sempre uma tarefa incompleta, pois sempre existem os que se encaixam em mais de uma categoria e, ocasionalmente, surge algo novo que não se encaixa em nenhuma delas.
O objetivo da lista abaixo é, antes de mais nada, dar uma idéia do que pode ser feito com um screen saver.
- Slideshow: É provavelmente o tipo mais comum. Uma série de imagens estáticas são apresentadas sequencialmente. Para um maior impacto pode-se acrescentar um efeito de transição entre uma imagem e outra.
- Figuras gráficas: O screen saver apresenta uma figura composta por textos e/ou figuras geométicas (linhas, círculos, esferas, etc). Ao contrário do slideshow, a imagem não é estática: ela é construída ou transformada ao longo do tempo. A maioria dos screen savers que vem com o Windows se enquadram nesta categoria.
- Animações: O screen saver apresenta uma animação, como um desenho animado onde objetos ou personagens se movimentam, possivelmente encenando uma pequena história.
- Manipulação da imagem da tela: Basicamente uma variação da anterior, onde a imagem da tela no momento em que o screen saver é ativado é utilizada como ponto de partida. Alguns exemplos são bagunçar a tela e colocar personagens intergindo com o conteúdo da tela.
Os screen savers surgiram inicialmente no Window 16 bits. Com o surgimento dos Windows de 32 bits (NT e 95), a especificação dos screen savers foi revista; o que iremos descrever adiante é esta especificação.
No Windows NT e descendentes (200, XP), o próprio Windows gerencia a senha dos screen savers, no 95 e sucessores (98 e Me) o tratamento da senha deve ser feito pelo próprio screen saver. O pacote Plus! do Windows 95 acrescentava algumas funcionalidades adicionais, que não serão tratadas aqui.
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