quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Habilidades Obsoletas

Via slashdot, cheguei a um post de blog a uma wiki sobre habilidades que se tornaram obsoletas nas últimas décadas, principalmente devido aos computadores. Seguem abaixo alguns comentários sobre a minha experiência pessoal:

Regua de Cálculo e Tábua de Logarítimos

Estes eu só olhei por curiosidade, já que as calculadoras eletrônicas se popularizaram quando eu estava no colégial. Guardo como lembrança um livro de logarítmos que inclui o PI com 10.000 casas, cortesia de um cérebro eletrônico.

Máquina de Escrever e Mimeógrafo

A máquina de escrever era um dos meus brinquedos no tempo do ginásio. Cheguei a ter aulas de datilografia na escola e treinar em casa; não deixa de ser útil atualmente. O companheiro da máquina de escrever era um hectógrafo caseiro.

Vitrola e a Fita Cassete

Realmente não dá saudade a luta constante com o pó acumulado no vinil e na agulha, nem a briga com as crianças quando elas desregulavam o contrapeso do braço da vitrola. Tenho ainda encostado em algum canto algumas dezenas de fita cassete com música e em outro canto uma dúzia de fitas com programas para o TK-82C. Naquele tempo a gente 'rippava' música do vinil ou do rádio, o que exigia habilidades específicas (e não permitia acertos posteriores).

Habilidades no Computador

Os cartões perfurados só fizeram parte da minha vida durante a faculdade. Desde o final dos anos 70 vivi os bons tempos de formatar, duplicar e recuperar dados dos disquetes.

Também já fazem 15 anos que parei de usar impressora matricial e todas as técnicas envolvidas (como colocar um micro e a impressora no banheiro na hora de imprimir os fontes como parte do processo de liberação de versão do Z e Zapt).

Desconfio que já deve fazer uma década que não dou uma otimizada em um Autoexec.bat ou Config.sys, muito menos analiso o uso da memória.

Desde o começo dos anos 90 que eu não programo em xBase (será que alguém ainda lembra do Joiner, um compilador xBase nacional?). A programação em assembler durou alguns anos mais.

Uma série de aplicativos se foram, como WordStar, Lotus 123 e o IBM Storyboard. Também já se foram o Videotexto e os BBSs.

No lado do hardware, além do disquete o modem está juntando pó. Acho que ninguém lembra dos scanners manuais (uma espécie de aspirador de pixels).

8 comentários:

Anônimo disse...

Não entendi a parte de imprimir no banheiro.

Uma coisa que não faço mais é desfragmentar o HD.

Daniel Quadros disse...

O "imprimir no banheiro" era resultado de dois anocronismos. O primeiro era o costume de manter listagens impressas da versão em campo, lembrança do tempo que o micro não ficava em cima da mesa de trabalho. O segundo era a impressora matricial que fazia um barulho irritante. Na hora de liberar uma versão a impressora ficava às vezes trabalhando o dia inteiro. A 'solução' era colocar a infeliz no banheiro e fechar a porta.

Anônimo disse...

Hahahah...
Boa, Daniel!

Eu sou mais moço, mas comecei a trabalhar no tempo dos IBM-PC/XTs, das impressoras matriciais (Olívia/Emília, RIMA XT-180 e outras tralhas barulhentas). Lembro que no meu tempo já havia aqueles fabricantes independentes, que faziam "cases" enormes para acomodar as impressoras, os quais eram internamente dotados de espumas (iguais às que se pode encontrar forrando as paredes de estúdios de gravação), para prover isolamento acústico...

Cansei de trocar cabos de aço e correias de transmissão do carro, além da constante queima de transístores drivers de potência para as fases do motor de passo...

E fazia diagnóstico da memória RAM do PC através da "contagem" que se dava no boot (convertendo o valor para hexadecimal, a fim de descobrir qual o banco que havia "pifado")...

Nossa, como eram bons aqueles tempos.

E hoje, quem é que sabe dessas coisas??

Anônimo disse...

Quanto ao comentário do Fábio, sobre desfragmentar o HD:
É bom que o faça. Pois mesmo hoje, usando o Windows 2000/XP isso ainda é extremamente necessário - a não ser que não se importe que seu micro vire uma "carroça"...

Eu faço desfragmentação continuamente - deixo o Diskeeper setado como Smart e esqueço...

Fernandão disse...

Olá Daniel.
Muito interessante o seu blog, achei-o por acaso no google. Já li boa parte dos posts.
Falando em coisas obsoletas, por incrível que pareça estou utilizando CLIPPER (do mesmo balaio do xBase, dBase, etc...) para Linux, acessando Mysql. Não é por opção pessoal não, mas por puro custo de projeto. Esse Clipper é free, tem interface com C para qq eventualidade e funciona que é uma beleza até agora nos meus testes. Só fico chateado ter que voltar no tempo e lembrar programação procedural. Nem gostava muito de programar em C para os PDTs Symbol e me aventurava em C++ no VC++ 1.52, que você já deve ter programado bons longos anos.

Abraços

Lu Souza disse...

hehehehe pior que o Fernandão tem razão...

Já vi muita pequena e micro empresas que usam sistemas escritos em Clipper numa boa e não querem nem ouvir falar em migração.

A máquina de escrer ainda tem serventia: peso para papel ou objeto decorativo. Agora com a popularização dos notebooks: faltou luz? usa a bateria! e pensar que há uns 3 ou 4 anos atrás ainda valia a pena ter essa velha companheira guardada...

Quanto à Vitrola... esses dias vi no site do UOL que a Sony vai lançar LP-Player com conexão USB para os nostálgicos... hehehhe

Daniel Quadros disse...

Sobre o Clipper, eu conheço uma rede de lojas que usava DOS+Clipper nos PDVs pelo menos até dois anos atrás. O custo de atualizar o hardware para poder rodar Windows é alto e o sistema funcionava a contento...

Fernandão disse...

Ainda mais quando pode utilizá-lo com banco de dados como Mysql, Oracle, Postgresql.