sábado, junho 18, 2016

Crítica: The Low End of Nowhere

"The Low End of Nowhere" é um livro policial que eu desejava ler faz bastante tempo. É o primeiro de uma série curta envolvendo Streeter, um detetive particular dos tempos atuais. Eu vi pela primeira vez esta série na livraria cultura e fui atraído pelas capas. Comprei um e gostei; comprei um segundo e depois não encontrei mais os outros. Durante algum tempo eu procurei estes livros, mas estavam esgotados e não apareciam em sebos.

Só recentemente descobri que os livros foram republicados por outra editora em 2014, tanto em formato físico como "eletrônico". As capas não são mais as mesmas, mas no formato de eBook isto não pesa muito.

A capa antiga à esquerda e a nova à direita


"The Low End of Nowhere" é um policial no estilo noir: tramas complicadas e sórdidas, mulheres curvilíneas e um herói duro por fora mas macio por dentro. Michael Stone não chega à sofisticação de Raymond Chandler ou de Dashiell Hammet, mas se sai muito bem em migrar o estilo para os dias de hoje.

Neste livro, Streeter foi contratado por uma mulher para encontrar um dinheiro escondido pelo seu ex. Mas, como costuma ser nos policiais noir, o objetivo é principalmente uma desculpa para movimentar os personagens. Personagens estes esquisitos e complexos. Stone tem a habilidade de, em poucas palavras, descrever estes personagens. Com isto, até personagens secundários, que passam rápido em poucas páginas, se tornam marcantes. Um outro ponto, que já tinha visto nos outros livros, é a resolução do conflito final de forma inesperada .

Michael Stone em si também é curioso e misterioso. Ex-jornalista e ex-detetive particular, concluiu "The Low End of Nowhere" em 1996 (aqui ele fala sobre esta experiência). O livro foi bem recebido por crítica e público. Nos três anos seguintes publicou os outros três livros com Streeter. E, aparentemente, não escreveu mais nada desde então.

Veredito

Recomendado.

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