Já mencionei antes por aqui o grupo Wishbone Ash. É um grupo de rock progressivo cujo som é caracterizado pela presença de dois guitarristas "solo". Argus é considerado o principal álbum deles.
O álbum possui sete faixas de duração média (cerca de quatro a dez minutos). A versão que comprei (no iTunes) é uma remasterização de 2002 acrescida de três faixas ao vivo. Um dos guitarrista do grupo, Andy Powell, fez uma análise bem completa do disco.
"Time Was" abre o disco com um tom suave que evolui para o que Andy se refere como um rock inspirado no The Who.
Em seguida vem a minha música preferida do álbum, "Sometime World". É uma música mais lenta e evocativa (mas que acelera a partir da metade) com ótimos vocais de Martin Turner.
"Blowin' Free" é uma espécie de hino do Wishbone Ash. Contém excelentes trocas de fraseados de guitarra entre Andy Powell e Ted Turner.
"The King will Come" é um pouco mais pomposa. A bateria de Steve Upton está perfeita e os vocais são são mais sofisticados que nas outras músicas.
"Leaf and Stream" puxa mais para o lado "folk". É uma canção bonita mas não ficou muito marcada na minha cabeça.
"Warrior" volta ao tom mais épico.
"Throw Down the Sword" fecha o disco. É uma música com mais texturas, em parte pela adição de um orgão. Mas o que chama a atenção é o belo solo com duas guitarras no final. Como muitos, eu pensava que era um incrível dueto entre Andy e Ted. Para minha surpresa, Andy revela que é a mixagem de dois takes distintos dele. A ideia original era escolher apenas um dos solos, mas aí o engenheiro tocou as duas juntas acidentalmente e criou-se uma obra prima.
A primeira faixa ao vivo, "Jail Bait" é daquelas faixas onde uma banda bem integrada e com excelentes músicos se solta. Já as outras duas faixas, "The Pilgrim" com dez minutos e "Phoenix" com dezessete, acabaram soando um pouco repetitivas para mim.
Veredito
Se você gosta de rock baseado em guitarras, imperdível.
PS: Como de costume você encontra no YouTube tanto a versão de estúdio como várias versões ao vivo.
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