Esponja do Mar, uma LulzBot AO-100 da Aleph Objects |
As impressoras 3D tem evoluído rapidamente nos últimos anos, em termos de recursos, confiabilidade e preço. Não é surpresa que as duas impressoras do Garoa se diferenciam bastante nestes pontos, nem que ambas já estejam descontinuadas nos fabricantes. A impressora mais velha (a Bolinho de Chuva) trabalha com uma base bastante pequena e é extremamente temperamental.
Como todas tecnologias novas, a impressão 3D sofre com expectativas exageradas (hype). A qualidade da impressão depende de um grande número de fatores e muitas vezes o resultado pode ser extremamente frustrante.
Ops! |
Os objetos são normalmente criados em um programa de modelagem 3D e posteriormente processados por um slicer, uma aplicação que fatia o objeto nas camadas e gera os comandos para a impressora. Estes comandos quase sempre estão na linguagem G-code. O firmware do microcontrolador traduz estes comandos nos movimentos dos motores.
Dada a forma de impressão, existem algumas limitações quanto aos objetos que podem ser impressos. Por exemplo, é complicada a impressão de partes sem um apoio inferior. Tomando como exemplo uma pirâmide, é fácil imprimi-la com a sua base apoiada na base da impressora e praticamente impossível imprimi-la de cabeça para baixo, com a ponta apoiada na cama.
Um ponto crítico é a impressão da primeira camada. Ela precisa aderir adequadamente na base, para que o objeto não se solte durante a impressão, com resultados catastróficos. Para facilitar, as camas atuais são aquecidas, com uma superfície de vidro para impressão (normalmente coberta por uma fita especial). Controle da temperatura da base e a limpeza da superfície são essenciais, assim como a regulagem correta do eixo Z (o eixo vertical). No ponto inicial, a cabeça deve pressionar ligeiramente a base. Não demais, a ponto de impedir a saída do plástico, nem de menos a ponto da camada inicial não fixar adequadamente.
Impressa uma boa camada inicial, as camadas seguintes dependerão ainda de muitas coisas. Precisão da mecânica, qualidade do modelo e do fatiamento do objeto, alimentação correta do filamento e condições ambientes favoráveis à manutenção das temperaturas são alguns dos fatores. Um outro problema surge na impressão de pequenos objetos: ao depositar uma camada a camada anterior pode estar ainda pouco sólida. Uma solução para isto é imprimir simultaneamente várias cópias do objeto.
Etapas iniciais de uma impressão |
Etapas intermediárias, reparar o segmento "suspenso" |
Etapa final e os objetos prontos |
Apesar de todos os contratempos e decepções, uma boa impressão compensa tudo isto.
Usando o objeto impresso |
Nota: os objetos impressão são as presilhas inferiores do cubo de disquetes acima. Mais detalhes no site do Garoa e na página correspondente do Thingiverse (repositório de objetos para impressoras 3D)
Nenhum comentário:
Postar um comentário