domingo, setembro 09, 2012

Crítica: Days of Future Passed

"On the Rocks" me levou a "Gemini"  de Lana Lane, que me levou a procurar "Nights in White Satin" no YouTube e chegar a "Days of Future Passed", considerada a obra prima do Moody Blues.



Confesso que sabia pouco sobre o Moody Blues: que seu som está associado ao Melotron e que Denny Laine participou do grupo. Na verdade, estas duas coisas são distintas: Laine participou do início do grupo, quando tocavam blues e, principalmente, britpop. Foi após a saída de Laine que o Moddy Blues procurou uma nova direção e o Melotron passou a ter destaque.

Após um primeiro álbum que não deslanchou, os Moddy receberam a proposta de gravar uma versão rock de uma sinfonia de Dvorak, como pagamento de adiantamentos recebidos da gravadora. Eles toparam, exigiram total liberdade artística, e gravaram um álbum com material próprio - "Days of Future Passed".

"Days of Future Passed" é um dos primeiros exemplos de "álbum conceitual", procurando retratar uma dia típico. As músicas possuem vários estilos e são emendadas por trechos orquestrais (tocados pela "London Festival Orchestra". O álbum inclui ainda duas poesias declamadas, uma no início e outra no final. Os trechos orquestrais me lembram, de alguma forma, filmes e desenhos animados.

O ábum é dividido em sete partes:
  • The Day Begins: abre com uma parte orquestral mais longa (The Day Begins), seguida do poema "Morning Glory".
  • Dawn: após uma curta introdução orquestral vem "Dawn is a Feeling", uma balada marcada principalmente pelo piano.
  • The Morning: após uma curta introdução orquestral vem "Another Morning", uma música bastante alegre com tons psicodélicos.Um outro trecho orquestral fecha esta sessão.
  • Lunch Break: começa com um trecho orquestral agitado (que me lembra transito nervoso). A parte principal, "Peak Hour" é um rock psicodélico com ritmo forte.
  • The Afternoon: a primeira parte é uma das músicas mais conhecidas dos Moody Blues, "Tuesday Afternoon", um pop psicodélico marcado pelo Melotron. Após um breve trecho orquestral vem a segunda parte, "(Evening) Time To Get Away" mais melancólica e com tons folk.
  • Evening: após a introdução orquestral temos "The Sunset", uma música com jeitão indiano e, após um breve link orquestral, "Twilight Time", um rock psicodélico um pouco mais pesado. A sessão termina com mais um trecho orquestral.
  • The Night: composta pela balada "Nights in White Satin" e do longo trecho orquestral de encerramento, interrompido no meio pelo poema "Late Lament".
A versão que comprei na iTunes inclui mais uma dezena de faixas, sendo quatro versões alternativas e as restantes singles ou b-sides  da mesma época.

Veredito

Fortemente recomendado.

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