domingo, junho 15, 2025

Crítica: Star Wars: The Black Fleet Crisis Trilogy

Mais alguns livros do que hoje é o "Star War Legends". "The Black Fleet Crisis Trilogy" são três livros, de autoria de  Michael P. Kube-McDowell, publicados a partir de 1996 (ou seja, quando os "prequels" ainda estavam em desenvolvimento).

Os livros se passam 16 anos após o Episódio IV. A Nova República está consolidada, com Leia como Presidente, conciliando as atividades governamentais com o cuidado de três filhos. Luke está reconstruindo a Ordem Jedi, tendo estabelecido alguns templos e treinado vários discípulos.

A história entrelaça três tramas. A primeira, que dá nome à trilogia, é a descoberta que uma quantidade significativa de naves do Impérios estão "desparecidas". Não demora muito para se descobrir que estão com os Yevethan, uma raça extremamente belicosa e também ardilosa, o que coloca Leia em grandes problemas políticos.

A segunda trama envolve Luke. Desconfortável com sua situação, ele resolve se exilar temporariamente. É quando é surpreendido pela misteriosa Akanah, que afirma que a mãe de Luke é parte do seu povo, os Fallanassi, que possuem imensos poderes oriundos da Corrente (uma variação/alternativa à Força). Luke parte com Akanah em busca dos Fallanassi.

Por último, Lando é envolvido pelo serviço secreto da Nova República no contato com uma misteriosa nave. É acompanhado por C3PO, R2D2 e Lobot (aquele personagem do Império Contra Ataca que está sempre com uma espécie de fone de ouvido).

O autor é um respeitável escritor de ficção científica. Além de incluir alguns aspectos mais sérios de sci-fi, a qualidade da escrita é boa. Mas as tramas e os seus desenvolvimentos nem tanto.

Para começar, senti uma certa incerteza do autor de como levar as três tramas ao mesmo tempo. No primeiro livro, elas estão entremeadas. O segundo livro é quebrado em três partes, uma dedicada a cada trama. No último, a trama envolvendo Lando é colocada em capítulos separados ("interludes"). Para mim o primeiro livro me pareceu fluir melhor.

A trama envolvendo Leia é a melhor da três; os Yevethan são antagonistas interessantes. Porém a resolução envolve não uma, mas duas intervenções "deus ex machina". O que me desagrada na trama de Luke (fora sabermos que a mãe dele não era uma Fallanassi) é o aumento constante nos poderes Jedis e a inclusão de mais uma fonte de poderes místicos quase ilimitados. A trama de Lando é irritante no seu andamento e não contribui em nada para a história principal (parece ser uma ideia para um bom conto de ficção científica que foi enxertado à força no universo Star Wars).

Apesar de todos os defeitos, a leitura foi agradável (fora a parte do Lando) e ao final de cada um dos dois primeiros livros eu estava ansioso para ler o livro seguinte.

Veredito: não recomendo, a não ser que você fique muito curioso com o resumo acima.


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